Neuromodulação: tecnologia de ponta ajuda o cérebro a reaprender

  • 22/07/2025
(Foto: Reprodução)
O cérebro humano continua sendo um dos maiores enigmas da ciência, mas a tecnologia tem ajudado a decifrar, com delicadeza e precisão, alguns dos seus caminhos mais complexos. Prova disso é a neuromodulação não invasiva, um recurso cada vez mais utilizado na medicina moderna para estimular a recuperação neurológica por meio de impulsos elétricos ou magnéticos, sem a necessidade de cirurgias ou procedimentos invasivos. “A neuromodulação não invasiva é o nome técnico desse gesto quase poético: tocar o cérebro sem abri-lo, guiar seus circuitos sem violá-los, reconectar o que foi silenciado por uma lesão, uma doença ou o tempo”, explica a médica neurologista Ana Caroline Benin, que atua em Blumenau com foco em neurorreabilitação. O que é neuromodulação? O termo se refere a técnicas que utilizam estímulos externos para modular circuitos cerebrais específicos. As ferramentas mais utilizadas atualmente são a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC). Ambas são aplicadas de forma indolor e com parâmetros individualizados, de acordo com a condição clínica de cada paciente. Segundo a especialista, essas técnicas “atuam como afinadores de uma sinfonia cerebral descompassada”, promovendo neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se reorganizar. Estudos científicos demonstram a eficácia da neuromodulação no tratamento de acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson, depressão resistente, dor neuropática e epilepsia. Cada cérebro é único e a terapia também deve ser Mais do que aplicar uma tecnologia avançada, a neuromodulação exige conhecimento especializado e escuta clínica apurada. “Não basta apertar botões ou seguir protocolos genéricos. A neuromodulação não é mágica, é ciência de alta precisão”, ressalta a médica. Por isso, a avaliação neurológica é fundamental. O mapeamento das áreas corticais, a escolha dos parâmetros e o monitoramento da resposta terapêutica devem ser feitos por profissionais qualificados, garantindo a segurança e a efetividade do tratamento. O futuro da reabilitação neurológica Apesar dos avanços científicos, o uso sistemático da neuromodulação ainda enfrenta desafios no Brasil, como a falta de capacitação médica em larga escala e a ausência de políticas públicas que incorporem o método na rotina de hospitais e clínicas. “A capacitação médica, a regulação ética e a incorporação consciente dessas ferramentas são passos urgentes para democratizar o acesso e ampliar seus benefícios”, alerta Ana Caroline Benin. Nos próximos anos, a tendência é que a reabilitação neurológica ganhe novos aliados: inteligência artificial, interfaces cérebro-máquina e algoritmos personalizados prometem transformar o cuidado em algo ainda mais regenerativo e integrado. “O cérebro, como um organismo vivo e plástico, pode e deve ser convidado a reaprender”, afirma a neurologista. Dra. Ana Benin Divulgação Ciência com propósito Por trás da alta tecnologia, a essência continua sendo profundamente humana: “trata-se de restaurar movimentos, recuperar palavras, devolver autonomia. Trata-se de devolver futuro”. Como define a especialista: “Neuromodular é fazer ciência com poesia. É crer que mesmo nos territórios neuronais devastados ainda existe vida elétrica a ser despertada, desde que com ética, técnica e propósito.” Médica responsável: Dra. Ana Caroline Benin - Neurologista no CRM 20559 / RQE 15294, 20078

FONTE: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/mesoclinic/noticia/2025/07/22/neuromodulacao-tecnologia-de-ponta-ajuda-o-cerebro-a-reaprender.ghtml


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